Em vigor desde agosto de 2022, a nova definição de museu aprovada na Conferência Geral do Conselho Internacional de Museus (ICOM) será a pauta de um debate no Rio de Janeiro em 12 de dezembro. O encontro “Pontos de memórias: desafios sob o olhar da nova definição de museu” será realizado no Museu das Comunicações e Humanidades (Musehum), localizado no Centro Cultural Futuros – Arte e Tecnologia, no Flamengo, das 9h30 às 16h30.

Organizado pelo ICOM Brasil, o encontro parte de um esforço em refletir e debater a nova definição de museu, agora tendo em vista o trabalho das instituições de memória. Podem participar profissionais que trabalham em museus e no setor da economia criativa, estudantes e outras pessoas interessadas. A inscrição é realizada pelo Sympla. Haverá transmissão ao vivo pelo YouTube do Oi Futuro para aqueles que não conseguirem participar presencialmente.

Segundo os curadores, o evento será uma oportunidade de revisitar a nova definição, que passou a incluir conceitos-chave de relevância à museologia brasileira, como “acessíveis” e “inclusivos”. As inscrições ficarão abertas até as vagas esgotarem. O ICOM Brasil realiza o evento em parceria com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e o Musehum. Confira a programação e compartilhe esta oportunidade!

Evento: “Pontos de memórias: desafios sob o olhar da nova definição de museu”

Local: Teatro do Centro Cultural Futuros – Arte e Tecnologia

Endereço: rua Dois de Dezembro, n. 63, Flamengo – Rio de Janeiro

Data: 12 de dezembro de 2023

9h30 – Mesa de Abertura 

Fernanda Castro, presidenta do Ibram
Vera Mangas, presidenta do ICOM Brasil
Sara Crosman, presidenta do Oi Futuro

10h – Fala de Abertura | O poder do público nos museus

Carla Uller (Oi Futuro)
Gerente de Programas e Projetos do Instituto Oi Futuro. Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com mestrado em Comunicação e Cultura pela UFRJ e especialização em Gestão pelo Coppead/UFRJ.

10h30 – Mesa 1 | Diversidade e resistência  

Cláudio Nascimento – Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT

Presidente do Grupo, atua há 30 anos em processos de elaboração, gestão e coordenação de projetos sociais e de políticas públicas, com foco em direitos humanos, HIV-Aids, gênero e sexualidade, bem como cidadania LGBTI.

Marco Teobaldo – Museu Memorial Iyá Davina, do Terreiro Ilê Omolu Oxum

É jornalista, curador e pesquisador. Mestre em Curadoria em Novas Tecnologias pela Universidad Ramón Llull, em Barcelona, Espanha. Desde 2007, vem trabalhando como pesquisador e curador de Artes Visuais, em especial no Museu Memorial Iyá Davina, localizado no Ilê Omolu Oxum.  

Sandra Maria – Museu das Remoções

Moradora da Vila Autódromo, é cofundadora e cogestora do Museu das Remoções. É graduada em história pela Uerj, além de Guia de Turismo e atriz. Participou da resistência contra as remoções da Vila Autódromo, da Elaboração do Plano Popular da Vila Autódromo e da elaboração do Plano Museológico do Museu das Remoções.

Mediadores:

Bruno Brulon (Universidade de St. Andrews)

É museólogo e antropólogo, professor na Universidade de St Andrews, na Escócia, e na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), no Brasil. Entre 2019 e 2022, foi presidente do Comitê Internacional para a Museologia (ICOFOM) e é copresidente do Comitê Permanente para a Definição de Museu do Conselho Internacional de Museus (ICOM). Possui diversas publicações com enfoque na história dos museus e da museologia, em museologias experimentais e nos usos políticos dos museus e do patrimônio.

Lia Peixinho (Grupo de Pesquisa Museologia Experimental e Imagem)

Bacharel em museologia pela Unirio e graduanda em antropologia pela UFF. Desenvolve pesquisas com ênfase em abordagens pós-coloniais sobre os usos sociais e políticos que grupos sociais subalternizados fazem dos museus.

Almoço – Das 12h30 às 14h

14h00 – Mesa 2 | Antirracismo e inclusão 

Auricélia Mercês – Espaço Cultural Raízes do Gericinó

Pedagoga, maranhense e gestora do Museu Casa Bumba meu Boi. Realiza ações com patrimônio imaterial desde 2010. Atuante na comunidade do Catiri há 25 anos  como liderança comunitária, por meio da valorização da memória, identidade e território. O  museu integra a Rede de Museologia Social do Rio de Janeiro (Remus).

Marlucia Santos de Souza – Museu Vivo do São Bento

Professora da rede pública estadual, é mestre em história pela UFF, bem como diretora do Museu Vivo do São Bento e do Centro de Referência Patrimonial do Município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

Gracy Mary Moreira – Casa da Tia Ciata

Preside e coordena os projetos da Casa da Tia Ciata e é membro do Comitê Gestor do Cais do Valongo. Foi outorgada pela Ordem dos Capelães do Brasil e a Faculdade Febraica o título de Dra. Honoris Causa. É membro Gestor das Baianas de Acarajé e foi diretora do Museu do Negro, bem como conselheira estadual de políticas culturais do Rio de Janeiro.

Mediadores:

Átila Tolentino (Ibram)

Mestre e doutorando em sociologia pela UFPB, é especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental do Ministério da Gestão e Inovação do Serviço Público, com atuação no Instituto Brasileiro de Museus.

Bruna Cruz

Bacharel em museologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente, coordena o Musehum – Museu das Comunicações e Humanidades do Oi Futuro.

15h30 – Mesa de encerramento | O museu na fronteira: Re-definições para uma prática anticolonial

Bruno Brulon (Universidade de St. Andrews)

Mediadora: Bruna Cruz (Musehum)

Evento: Pontos de memórias a partir da nova definição de museu
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