Bruno Brulon, Presidente do ICOFOM

Conferência ICOM Chile, 5 de outubro de 2020
XV Conferência do Museu Chileno

Em primeiro lugar, creio que é muito oportuno um encontro para falar sobre o museu integral e integrado em um momento de desintegração e fragmentação dos museus e da cultura em vários países do mundo e, mais significativamente, nas Américas. Por isso, antes de abordar o museu integral, proponho falar da desintegração como uma provocação pós-colonial para pensar os museus e a museologia no presente. E quando falo do presente, quero dizer, obviamente, o presente da pandemia em que vivemos, mas também um presente de crise política, econômica e cultural que atinge os museus, antes mesmo de o COVID-19 ameaçar a vida humana em nível global.

Do ponto de vista das ideias, a circulação de textos e especialistas da museologia, na segunda metade do século XX, influenciou a organização de um campo integrado e variado de conhecimentos especializados, possibilitando a constituição de escolas de pensamento e a produção com influências e atores bem definidos.

Desde a década de 1970, nas ciências sociais, surgiu a ideia de que o conhecimento foi colonizado, bem como a noção de que cada teoria veio de um centro político (Connell, 2012). Essas teses foram expressas em diferentes campos disciplinares. Muitos autores afirmaram que o conhecimento foi parte importante da colonização, e certos conceitos foram formulados para expressar o caráter da apropriação colonial, na produção intelectual de um mundo pós-colonial.

Nesse sentido, para refletir sobre os ecos do “museu integral” nos museus contemporâneos e na museologia da América Latina, não se pode ignorar os duelos teóricos entre centros de poder e saber que ajudaram a sedimentar práticas dominantes e outras subalternas no contexto dos países colonizados. Partindo do conceito de Aníbal Quijano, defendemos que a colonialidade do poder e do saber tem produzido na museologia o efeito de uma marginalidade museal, segundo a qual Estados, especialistas e normas internacionais garantem a manutenção de alguns museus (tradicionais ou hegemônicos) ao mesmo tempo em que produzem a subalternidade de outras experiências marginais.

Nessa perspectiva, o museu integral, como o entendemos hoje, é fruto de uma apropriação cultural, um conceito “híbrido” que reflete as necessidades e utopias da região, mas é também a projeção de concepções eurocêntricas sobre museus e estados-nação na América Latina. Seguindo esse caminho de um olhar pós-colonial da museologia, é possível dizer que o conceito europeu de “ecomuseu”, ou mesmo a Nova Museologia formulada a partir do pensamento e das práticas francesas, fazem parte de um movimento também híbrido, tendo as experiências da América Latina como centrais para a revisão dos cânones da museologia dominante.

Deve ser reconhecido, também, que a transformação, por meio da apropriação cultural, ocorre de forma desigual em diferentes partes do mundo. Os centros governantes do conhecimento, das antigas metrópoles, ainda dominam a produção de conhecimento internacional, em um mercado intelectual regido por forças políticas, definido em vários estudos pelo colonialismo do poder e do conhecimento (Quijano, 2000). Entendemos centros políticos do conhecimento como aquelas regiões geopolíticas ou linguísticas que mobilizam uma grande produção de conhecimento especializado que, por razões políticas, tem grande influência em outras regiões do mundo.

A museologia na América Latina se estabeleceu dentro do pós-colonialismo, mas sem reconhecer, na maior parte do tempo, a colonialidade como elemento notável de seu corpus museológico. A obtenção do próprio conhecimento ainda era para ser realizada, pois a região estava em um processo contínuo de negociação e transculturação. Assim, observamos, na produção regional, sucessivas tentativas de estabelecer um pensamento próprio, com algumas características comuns, a partir de reflexões iniciadas no plano internacional. Portanto, com uma perspectiva reflexiva sobre a museologia, nos propomos a desenvolver uma revisão consciente e crítica da ideia de “museu integral” em sua objetivação prática no contexto plural da América Latina, a partir da análise de alguns problemas contemporâneos que marcam a museus da nossa região.

O museu desintegrado

Gosto de pensar que os museus são espaços de negociação de valores, visando a transformação de significados sobre o passado, o presente e o futuro. Com essa ideia em mente, proponho um olhar para um exemplo de museu que conecta passado, presente e futuro em uma afirmação política e territorial de um grupo específico: o Museu das Remoções, no Rio de Janeiro, Brasil. Um museu criado em um terreno que prometia um futuro para a comunidade que ali vivia, ao invés de ser atropelado por outro projeto de futuro e desenvolvimento para a cidade que sediou os Jogos Olímpicos de 2016.

De acordo com uma notícia do El País, desde julho de 2016[1], 4.120 famílias já haviam sido despejadas de suas casas no Rio de Janeiro por motivos direta ou indiretamente relacionados aos Jogos Olímpicos. Hoje, sabemos que o número era muito maior. Mas algumas famílias resistiram. Na Vila Autódromo, região a oeste da cidade, 20 famílias fizeram um museu de sua resistência. A Vila, violentamente transformada em canteiro de obras por comando das autoridades locais, foi reclassificada desde 2012 como um espaço de interesse do Estado para a construção de um Parque Olímpico dos Jogos, parte da reforma urbana que tem como efeito deliberado a transferência de terras públicas para a esfera privada.

Mobilizado a partir do ativismo de seus habitantes, o Museu das Remoções é resultado dos ecos da Nova Museologia no Brasil e, consequentemente, de uma ideia libertadora de um museu integral, de um museu integrado, de um museu que integra as sociedades aos seus ambientes de vida e de sobrevivência.

Mas, a questão que este museu coloca, hoje, para todos os museus do Brasil, e também para as diferentes experiências locais e comunitárias na América Latina, é: Como ser parte integrante dos projetos dominantes, coordenados pelos próprios Estados ou por grandes corporações internacionais, diante da desintegração e destruição de vidas e patrimônios, de passados e futuros?

A descolonização dos museus?

Como instituição moderna, o museu tradicional foi mais recentemente percebido pela museologia como “um ato de violência, uma ruptura com as tradições” em certas sociedades em que o tempo e a relação com o passado, o presente e o futuro não eram definidos segundo a lógica eurocêntrica materializada em suas coleções (Konaré, 1987, p.151). Os estudos históricos expuseram a Modernidade nos museus e no patrimônio cultural, juntamente com suas consequências coloniais em diferentes partes do mundo (Poulot, 1998; Pearce, 2010; Mairesse, 2011), o que resultou no desenvolvimento de uma teoria crítica. Estudos recentes têm criticado a colonialidade na tradição museológica (Brulon Soares e Leschenko, 2018) e discutido as diferentes formas de subverter e superar nosso passado colonial, como podemos ver na noção de uma “museologia mestiça” explorada por Mellado e Andrade (2020).

A revolução nas práticas museológicas que desencadeou o movimento teórico e reflexivo da década de 1970 ficou conhecida como a Nova Museologia – reinterpretada, mundialmente, em vários contextos, a começar pela nouvelle muséologie definida na França em 1982 (Brulon Soares, 2015). Nesse movimento, tanto político quanto teórico, alguns museólogos europeus viram uma oportunidade de resgatar a teoria e os conceitos disseminados no discurso colonial, que haviam definido a museologia tradicional, criando uma aparente nova museologia. Assim, a chamada “descolonização” da museologia (Varine, 2005), acabou sendo uma resposta à demanda de revisão dos paradigmas, que muitos movimentos sociais vinham reivindicando no final dos anos sessenta. Fato que coincidiu com a independência de algumas nações colonizadas.

Possivelmente, a primeira vez que se discutiu o tema da desigualdade na museologia latino-americana, em relação aos centros da colonialidade, foi durante o encontro organizado pela Divisão de Museus da UNESCO e pelo Conselho Internacional de Museus – ICOM na Mesa Redonda de Santiago do Chile, em 1972. É importante lembrar o contexto; nos encontrávamos com um cenário político sensível, no qual grande parte dos países latino-americanos estavam sob regimes de exceção[2]. A ideia de “museu integral” elaborada naquele contexto foi proposta a partir de uma realidade de “desequilíbrio entre países que alcançaram grande desenvolvimento material e os marginalizados, sobrecarregados ao longo de sua história” (IBRAM, 2012, p.116). Este conceito permitiu, em certa medida, as primeiras reflexões sobre um museu descolonizado na região.

Essa visão “descolonial” da museologia subverteu a visão eurocêntrica das práticas e experiências de outras partes do mundo. O “museu integral” é, antes de tudo, a demarcação de uma perspectiva latino-americana sobre os museus e a museologia no final do século XX. Como conceito fabricado a partir do Sul, o “museu integral” desafia as definições do Norte como hemisfério produtor de teorias e dos países do Sul como aqueles em que as teorias produzidas no Norte são apenas aplicadas. É nesse sentido que, na década de 1970, diversos autores optaram por uma postura crítica, em relação às hegemonias europeias em termos de teoria museológica na região.

O museu integral, entre museologias “novas” e “velhas”

Ao abordar a multiplicação das diferenças culturais relacionadas a uma crise global de valores que se seguiu ao declínio das utopias modernas e dos processos de descolonização, a nova museologia nasceu como uma promessa de ruptura com a narrativa universal europeia de progresso e civilização. No entanto, ela narrou o mundo dos museus em termos de “novas” e “velhas” práticas e aplicou a divisão geopolítica entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos à museologia.

Nesse sentido, em alguns contextos, como a América do Sul, a nova museologia e a ecomuseologia transfeririam uma hierarquia de poder baseada na centralidade do Estado para algumas práticas experimentais fora do âmbito da museologia tradicional, na periferia do campo museológico estabelecido. Ao aplicar a lógica de desenvolvimento dos estados-nação ao contexto dos museus no Sul global, a nova museologia enfatizou a divisão entre o primeiro, o segundo e o terceiro mundo que foi estabelecida entre os anos 1950 e 1975, quando uma nova ordem global emergiu (hierárquica) (Pletsch, 1981; Mignolo, 1995). Portanto, o discurso da descolonização na museologia não se desvinculou da reprodução da estrutura de poder capitalista baseada na distribuição desigual de recursos, mantendo a antiga designação do Primeiro Mundo como “puramente moderno, um paraíso da ciência, de tomada de decisões utilitaristas, tecnológico, eficiente, democrático, livre ”(Pletsch, 1981, p.574).

Embora, em suas raízes, a nova museologia não tenha sido uma declaração deliberada contra práticas e teorias “antigas” ou tradicionais, em alguns círculos foi interpretada como uma ruptura com a estrutura moderna do museu, em particular com sua forma mais tradicional, como um edifício com acervos materiais do discurso hegemônico. Essa lacuna artificial entre o novo e o antigo produziria um senso de novidade nas práticas que viam o público como a força motriz por trás do museu, ao mesmo tempo em que reitera o imaginário de uma museologia desatualizada.

Essas abordagens teórico-críticas da museologia não foram, de fato, deslocadas do conjunto de práticas que rompiam com os modelos importados na América Latina. Se durante a segunda metade do século XX a prática museológica se mostrava avançada na região, a produção teórica invadiu as experiências práticas no final do século. Consequentemente, as décadas de oitenta e noventa representaram o “boom” das reflexões teóricas e empíricas para a museologia latino-americana, ocorrendo os primeiros fóruns de debate acadêmico da região.

O desenvolvimento, no Brasil, da Museologia Social, fortemente inspirada na Nova Museologia e vinculada ao MINOM, é um dos testemunhos dos caminhos do conhecimento híbrido que levariam a práticas negociadas. Graças a contribuições sociais, com base na inspiração dos preceitos de Santiago do Chile, em seus ecos no século 21, a Museologia na América Latina encontrou sua própria identidade, empenhada em denunciar as desigualdades locais e criticar a colonialidade estruturante de nossos museus e estados-nação.

A museologia na América Latina, tomando como indissociáveis ​​teoria e práxis museológicas, iniciou seu desenvolvimento a partir de uma museologia experimental e reflexiva, que se transformou amplamente nas práticas de experimentação social associadas aos museus, como é o caso de La Casa del Museo, no México, dos “museus sociais” no Brasil, museus de favelas, museus de ausências e fragmentos de luta, como o já citado Museu das Remoções.

A experimentação, como método, permitiu que a América Latina olhasse criticamente a museologia internacional e criasse um panorama museológico mestiço baseado em raízes estrangeiras e práticas locais, tornando a colonialidade um atributo transformador e não limitante, ou antes limítrofe, dessa museologia que se declara mestiça ou transcultural.

Fragmentos para construir o museu do futuro

Algo novo foi inventado com a recente criação do Museu das Remoções, no Rio. Como mostra essa experiência ímpar, a novidade realmente entra no museu nos momentos em que percebemos que é preciso subverter a tradição, recorrendo aos nossos anti-manuais da museologia (Zavala, 2012) e deixando de lado as definições e regras estritas que não se aplicam à realidade que nos é apresentada de imediato.

Como aponta Homi Bhabha, a novidade das práticas culturais e das narrativas históricas entra no mundo por meio da fragmentação e da hibridização. Esse processo requer o reconhecimento de “espaços intermediários” cujo sujeito descentrado é significado “na temporalidade nervosa da transição ou na provisionalidade emergente do ‘presente'” (1994, p. 216). Este último, portanto, se reinventa entre a tradição e a inovação, e é na contradição da primeira que os museus de alguma forma encontram um modo de se transformar no futuro.

Integrado em seu ambiente social e politicamente comprometido, ao mesmo tempo em que desafia a museologia hegemônica, este museu experimental mestiço se baseia na reinterpretação das práticas e procedimentos básicos do museu. Suas funções tradicionais, como coletar, conservar e expor, são desempenhadas sob um novo prisma e com novos objetivos. Portanto, é necessária uma nova configuração do museu como campo de batalha por novas identidades e pelas identidades indefinidas e fragmentárias que não se materializam em coleções objetivas.

O conhecimento é sempre feito de discursos mistos, heterogêneos e até contraditórios e, em qualquer grupo ou comunidade, a afirmação da autoridade sobre o conhecimento impõe a separação entre tradição e inovação, a legitimação de algumas referências estabelecidas e permanentes em suas novas configurações alteradas: é o que acontece com o conceito de museu integral da Mesa Redonda, e é também o que acontece com os aspectos contemporâneos da Nova Museologia.

Hoje, quase 50 anos após a primeira interpretação do conceito e sua apropriação na museologia central, é possível antever uma nova virada da museologia, uma virada experimental, na direção das interpretações pós-coloniais do museu. Mas, a partir da observação das práticas emergentes, pelo menos uma questão permanece: De que forma se pode imaginar uma reintegração material e política dos museus experimentais nas sociedades atuais?

Mais do que em qualquer passado recente, hoje, em meio à pandemia do COVID-19, vivemos um momento de grande incerteza para os museus e reflexões museológicas. A atual pandemia na verdade mostra alguns dos sintomas de uma transformação global nas esferas cultural, política e econômica que vem se formando muito antes da disseminação do coronavírus. Enquanto os centros urbanos do mundo, de Paris ao Rio de Janeiro, abordam o surgimento de “minorias visíveis” e a pluralidade de modos de vida em sociedade (Bancel et al, 2010, p. 10), a democracia cultural como um ideal está sendo desafiada pela fragmentação do espaço público e a proliferação de diferenças e desigualdades.

Os museus têm que lidar com uma crise urgente de representação causada pelas heranças não lineares e ambíguas e pelo discurso da descolonização, incluindo demandas de queerização de seus acervos e práticas, enquanto se adaptam às mudanças econômicas aceleradas que levam à precariedade do trabalho em todo o setor cultural.

Progressivamente, desde as últimas décadas do século XX, o “museu integral” foi sendo absorvido pelo discurso da museologia dominante, expressivamente na Europa, com a difusão do “ecomuseu”, e mesmo na América Latina, no discurso dos estados nacionais e nas políticas culturais locais, com foco no desenvolvimento (econômico) das sociedades. Essa integração do “integral” na museologia, tem produzido, por outro lado, a exclusão de outras práticas contenciosas das lógicas de poder e saber defendidas pelos estados neoliberais e pelas museologias servis ao mercado global.

Hoje, em 2020, embora o futuro dos museus tenha sido relegado ao ciberespaço, como tendência do discurso pandêmico atual, sua reintegração, ao contrário, deve prescindir de um duplo processo material e afetivo, dedicando seus esforços a uma nova prioridade: a preservação da vida humana, como simples parte de um patrimônio em disputa – entre os Estados, o mercado e as instituições a eles subordinadas.

O indígena e ativista Ailton Krenak propõe que não precisamos nos desenvolver, mas sim nos envolver com a vida e a existência humana e não humana de forma integral e integrada. A existência atual dos museus depende em grande medida das formas, integrais ou integradas, nas quais transmitimos o patrimônio cultural atual, um processo relacionado com os valores do presente, mas que também pode determinar o futuro dos museus e das nossas sociedades entendidas a partir da sua desintegração atual.

Referências bibliográficas

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[1] https://elpais.com/elpais/2016/07/25/album/1469459324_764406.html#foto_gal_1

[2] Sobre esse ponto é interessante ler: Souza, Luciana. “Pensar os museus numa perspectiva latino-americana: a atualidade da Mesa Redonda de Santiago do Chile”. In: Nazor, Olga; Brulon Soares, Bruno y Brown, Karen. Definir el museo en el siglo XXI. Actas de los Simposios Internacionales del ICOFOM, 2017.

CONFERÊNCIA: O Museu Integral-Integrado: que descolonização para os museus da América Latina?
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