Desde o fim de abril e início de maio, o Rio Grande do Sul vive uma catástrofe climática e uma tragédia sem precedentes. As chuvas e enchentes afetaram centenas de milhares de pessoas. Dos 497 municípios, 437 foram afetados, totalizando mais de 1,9 milhão de pessoas impactadas e 337 mil desalojadas, segundo comunicado de 10 de maio da Defesa Civil do Rio Grande do Sul.

O ICOM Brasil se solidariza profundamente com todas as pessoas do Estado e com as instituições culturais que, de alguma forma, também estão enfrentando dificuldades. Há relatos de profissionais que tiveram que retirar artefatos museológicos de dentro de suas instituições, para fins de resgate e proteção. Além disso, estudantes de museologia perderam tudo o que tinham em casa.

Recentemente, foi publicado no portal do governo “Ações Iniciais para salvaguarda de Arquivos após ocorrência de desastre natural por inundação”. O documento é de autoria do Arquivo Nacional, Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul e Departamento de Arquivo Geral da Universidade Federal de Santa Maria. O objetivo é fornecer orientações técnicas preliminares para ações emergenciais de resgate do acervo.

Nesta postagem, reunimos iniciativas que visam coletar doações para o território gaúcho, além de campanhas que têm como objetivo uma ajuda mais direcionada a grupos de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Participe e ajude como puder. Qualquer compartilhamento é bem-vindo.

Museus participantes: Museu da Abolição (Recife/PE), Museu da Inconfidência (Ouro Preto/MG), Museu Imperial (Petrópolis/RJ), Museu Histórico Nacional (Rio de Janeiro/RJ), Museu da República (Rio de Janeiro/RJ) e Museu Lasar Segall (São Paulo/SP). Além disso, em Brasília/DF as doações poderão ser entregues no ponto de coleta do Ministério da Cultura – MinC.

  • Apoio a alunos de museologia da UFRGS

    Docentes do curso de Museologia e do Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio (PPGMusPa) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) estão iniciando uma campanha de arrecadação de fundos de apoio a discentes e egressos das duas formações. As coordenações mapearam, até o momento, dez alunos/egressos que tiveram suas residências 100% alagadas ou parcialmente soterradas. Esse número pode aumentar, pois a água ainda está avançando em diferentes cidades do Estado. Por isso, criaram a chave Pix *estudantesmuseors@gmail.com* para solicitar ajuda solidária. O valor será controlado pelas docentes Ana Carolina Gelmini de Faria (coord. PPGMusPa – conta vinculada), Fernanda Rechenberg (coord. Graduação em Museologia), Márcia Bertotto (testemunha docente) e Lizandra Caon Bittencourt (testemunha discente).
  • Ponto de coleta no Museu do Amanhã (RJ)

Museu do Amanhã e o IDG (Instituto de Desenvolvimento e Gestão) estão mobilizados. As doações podem ser entregues ao Atendimento do museu, na área do guarda-volumes, de terça a domingo, das 10h às 18h.

  • Trabalho voluntário para museus – Secretaria da Cultura do RS

Este cadastro destina-se à organização de apoio técnico, material e financeiro aos museus e espaços de memória nos municípios afetados pela tragédia climática no Rio Grande do Sul. A partir deste formulário, o Sistema Estadual de Museus coordenará as ações, em parceria com o Instituto Brasileiros de Museus e outras instituições.

  • Museu da Cultura Hip Hop RS

O Museu da Cultura Hip Hop RS está disponibilizando seu espaço para a doação e coleta de alimentos não perecíveis, águas, roupas, colchões, lençóis, produtos de higiene e rações para cães e gatos.

📍 Ponto de coleta e doações:
Rua Parque dos Nativos, 545, Vila Ipiranga, Porto Alegre

⏰ Horário:
Das 09h às 12h e das 14h às 17h

🫰🏻 PIX PARA DOAÇÕES:
achesteio@gmail.com

Ações Iniciais para salvaguarda de Arquivos após ocorrência de desastre natural por inundação

  • SESI Lab – Brasília

O SESI Lab integra a campanha de doações. Durante todo o mês de maio, o museu terá entrada com meia solidária, e os produtos arrecadados serão enviados para o Rio Grande do Sul. Doe calçados, roupas, cobertores, toalhas, alimentos não perecíveis e ração para animais. A coleta é feita na entrada principal do museu.

Museus brasileiros e instituições culturais se mobilizam pelo Rio Grande do Sul
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